quarta-feira, 28 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
MULHERES POSSÍVEIS
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.
Martha Medeiros é uma jornalista e escritora brasileira. É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Qual o melhor açúcar para substituir o adoçante?
O açúcar demerara também é obtido da cana, por meio de um processo especial, que não utiliza aditivos químicos no processo de branqueamento e clarificação. Possui uma coloração mais escura que o açúcar cristal e o refinado, e é levemente úmido porque conserva uma película em volta dos cristais de sacarose. O açúcar demerara apresenta valores nutricionais similares ao açúcar mascavo. Por essas características, o melhor açúcar a ser consumido é o mascavo, "porém, deve ser consumido com moderação, restrito a no máximo 50 g/dia", recomenda a nutricionista e terapeuta ayurvédica Ana Carolina de Alencar, do Ciymam, de São Paulo.
Segundo ela, o açúcar mascavo e o demerara são mais saudáveis que o açúcar refinado porque não passam pelos processos químicos, em que há perda de nutrientes. "Essa ausência de nutrientes faz com que o açúcar branco seja digerido instantaneamente, o que provoca uma rápida elevação dos níveis de glicose no sangue, aumenta os níveis de insulina, que retiram aglicose do sangue e 'jogam' dentro das células", explica a terapeuta. Esse processo favorece o aumento de gordura no corpo, a queda rápida da glicose no sangue e hipoglicemia.
Porém, a escolha pode interferir no sabor dos alimentos. "O mel e o açúcar mascavo têm sabores característicos que podem alterar o gosto das preparações. Já o açúcar demerara tem o sabor menos acentuado", afirma Flávia Morais.
DIET ENGORDA??????
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As últimas pesquisas revelam: os adoçantes podem não ajudar a emagrecer e até contribuir com quilinhos a mais. Mas, antes que você ataque doces açucarados, vale um recado: é cedo para tachar esses substitutos do açúcar de vilões da dieta os adoçantes amargam uma má fase. Estudos têm levantado a hipótese desses substitutos do açúcar não facilitarem em nada o emagrecimento, quando não emperram o ponteiro da balança. No último Congresso Mundial de Medicina Antiidade, em Paris, a acusação foi mais bombástica: eles podem fazer você engordar. o risco dos adoçantes aumentar o peso existe porque os mesmos receptores para o sabor doce presentes na língua, denominados T1R3, são encontrados no intestino. E são eles que controlam a quantidade de glicose (ou açúcar) absorvida pelo organismo. Traduzindo: qualquer alimento adocicado - com ou sem calorias - sensibiliza os receptores T1R3, que passam a estimular o intestino a aproveitar ao máximo a glicose contida na própria comida à base de adoçante ou na refeição como um todo. " Além disso, esses receptores fazem com que uma proteína transportadora, a SGLT1, leve a glicose para as células em velocidade acelerada, o que acarreta liberação excessiva de insulina", diz Andréia Naves, diretora da VP Consultoria Nutricional, em São Paulo. E insulina demais faz o corpo armazenar gordura, sobretudo na barriga. suspeita preocupante para quem aposta nos adoçantes para perder ou manter o peso: eles estimulam o apetite. Como assim? Após o consumo dessas substâncias, o cérebro se prepara para receber mais calorias, estimulando a gente a procurar mais comida. pois ainda há controvérsias e nada foi concluído. Depois, outra: "Muitas pessoas emagrecem ao trocar o açúcar pelo adoçante, pois conseguem reduzir bastante as calorias do cardápio", defende Odilza Vital, endocrinologista do Rio de Janeiro. light ou zero, pode parar! "O grande erro é consumir os produtos dietéticos em maior volume simplesmente porque não têm açúcar", alerta a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Centro Integrado de Terapia Nutricional (Citen), em São Paulo. É simples: quer emagrecer? Então, não exagere nem nos alimentos sem açúcar. Confira a seguir outras notícias sobre os adoçantes. Você vai descobrir que não é preciso cortá-los da dieta, basta aprender a usar do jeito certo. É só dar uma espiada nas gôndolas dos supermercados. "Atualmente, esses produtos correspondem a 5% dos alimentos industrializados", diz Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad). A lista é longa: vai de chá a cocada, passando por bolo, geléia, leite de soja e achocolatado. Conclusão: hoje, a gente pode comer quase tudo com adoçante. Como se fosse pouco, os edulcorantes - responsáveis pelo sabor doce dos adoçantes - ficam disponíveis em frascos ou sachês em qualquer balcão de café. E as pessoas não moderam na dose. Pode reparar: muita gente esguicha o líquido na xicrinha, quando três ou quatro gotas são suficientes para adoçar a bebida. Ok, é preciso muito mais para você ultrapassar a quantidade permitida. "O limite de consumo dos edulcorantes é determinado a partir de estudos com animais. A dose em humanos é de apenas 10% da quantidade que provoca qualquer toxicidade em animais", diz Gouvêa. Ou seja, a margem de segurança é grande. "Só que boa parte dessas substância é sintética (ou artificial), deixando resíduos tóxicos que vão sendo acumulados nos tecidos de gordura", afirma Patrícia Davidson Haiat, nutricionista funcional do Rio de Janeiro. A partir disso, queimar a gordura estocada fica mais difícil. O excesso de toxina também prejudica a glândula tireóide, o que pode resultar em metabolismo lento, apetite aumentado e descontrole no mecanismo da fome e saciedade. Contra-ataque: economize na dose, além de optar por alternativas mais naturais, como a estévia. Se você prefere ciclamato ou aspartame por uma questão de sabor, faça um revezamento entre os vários tipos existentes no mercado. Mas evite a sacarina para adoçar alimentos quentes. "Por ser instável a temperaturas acima de 30 °C, a sacarina libera metanol até quando adicionada a um cafezinho", alerta a nutricionista Daniela Hueb, de São Paulo. O que significa mais toxina no organismo. edulcorantes (sacarina, ciclamato e aspartame, por exemplo) para que cada um deles entre na formulação em doses mínimas. Dependendo da marca, você teria de beber de duas a 18 latinhas (ou mais) por dia para atingir o limite máximo dessas substâncias. Mas existem outros componentes que podem engordar. O gás carbônico - responsável pelas bolhinhas - contribui para expandir a cintura. Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu (SP), observaram esse efeito em ratos. Por isso, o consumo diário de refrigerante pode aumentar a área do estômago em até 50%. Aí pronto, você precisa de mais comida para que o cérebro receba a mensagem de que está satisfeita. Então, evite consumir refrigerante - com ou sem açúcar - como se fosse água. açúcar com moderação", diz a nutricionista Andréia Naves. Põe moderação nisso: o açúcar deve ser consumido em doses muito pequenas. Isso quer dizer sobremesa uma vez por semana, no máximo duas, e o mínimo de açúcar no suco e no cafezinho. O nutrólogo Wilson Rondó Jr., de São Paulo, concorda: "É preferível o mau e velho açúcar - usado sem excesso - a correr o risco de sofrer os efeitos ainda não inteiramente identificados dos adoçantes artificiais". O ideal seria a gente apreciar o sabor natural dos alimentos. Mas, como treinamos desde a infância nosso paladar para as comidas adocicadas, é difícil. De qualquer maneira vale tentar. Faça assim: antes de adoçar o suco ou o chá, prove antes. Você pode se surpreender com o doce da fruta ou o gostinho adocicado de algumas ervas. Só aí dá para você economizar um bom número de calorias ou moderar no adoçante. Treinar o paladar para o cafezinho sem açúcar é mais demorado. Não é na primeira nem na segunda vez que a gente se acostuma. Talvez na décima. Mas se passar por esse treino, você descobre o prazer da bebida sem açúcar e adoçante. |