Pacote de selinhos!!


Martha Medeiros é uma jornalista e escritora brasileira. É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro
O açúcar demerara também é obtido da cana, por meio de um processo especial, que não utiliza aditivos químicos no processo de branqueamento e clarificação. Possui uma coloração mais escura que o açúcar cristal e o refinado, e é levemente úmido porque conserva uma película em volta dos cristais de sacarose. O açúcar demerara apresenta valores nutricionais similares ao açúcar mascavo. Por essas características, o melhor açúcar a ser consumido é o mascavo, "porém, deve ser consumido com moderação, restrito a no máximo 50 g/dia", recomenda a nutricionista e terapeuta ayurvédica Ana Carolina de Alencar, do Ciymam, de São Paulo.
Segundo ela, o açúcar mascavo e o demerara são mais saudáveis que o açúcar refinado porque não passam pelos processos químicos, em que há perda de nutrientes. "Essa ausência de nutrientes faz com que o açúcar branco seja digerido instantaneamente, o que provoca uma rápida elevação dos níveis de glicose no sangue, aumenta os níveis de insulina, que retiram aglicose do sangue e 'jogam' dentro das células", explica a terapeuta. Esse processo favorece o aumento de gordura no corpo, a queda rápida da glicose no sangue e hipoglicemia.
Porém, a escolha pode interferir no sabor dos alimentos. "O mel e o açúcar mascavo têm sabores característicos que podem alterar o gosto das preparações. Já o açúcar demerara tem o sabor menos acentuado", afirma Flávia Morais.
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As últimas pesquisas revelam: os adoçantes podem não ajudar a emagrecer e até contribuir com quilinhos a mais. Mas, antes que você ataque doces açucarados, vale um recado: é cedo para tachar esses substitutos do açúcar de vilões da dieta os adoçantes amargam uma má fase. Estudos têm levantado a hipótese desses substitutos do açúcar não facilitarem em nada o emagrecimento, quando não emperram o ponteiro da balança. No último Congresso Mundial de Medicina Antiidade, em Paris, a acusação foi mais bombástica: eles podem fazer você engordar. o risco dos adoçantes aumentar o peso existe porque os mesmos receptores para o sabor doce presentes na língua, denominados T1R3, são encontrados no intestino. E são eles que controlam a quantidade de glicose (ou açúcar) absorvida pelo organismo. Traduzindo: qualquer alimento adocicado - com ou sem calorias - sensibiliza os receptores T1R3, que passam a estimular o intestino a aproveitar ao máximo a glicose contida na própria comida à base de adoçante ou na refeição como um todo. " Além disso, esses receptores fazem com que uma proteína transportadora, a SGLT1, leve a glicose para as células em velocidade acelerada, o que acarreta liberação excessiva de insulina", diz Andréia Naves, diretora da VP Consultoria Nutricional, em São Paulo. E insulina demais faz o corpo armazenar gordura, sobretudo na barriga. suspeita preocupante para quem aposta nos adoçantes para perder ou manter o peso: eles estimulam o apetite. Como assim? Após o consumo dessas substâncias, o cérebro se prepara para receber mais calorias, estimulando a gente a procurar mais comida. pois ainda há controvérsias e nada foi concluído. Depois, outra: "Muitas pessoas emagrecem ao trocar o açúcar pelo adoçante, pois conseguem reduzir bastante as calorias do cardápio", defende Odilza Vital, endocrinologista do Rio de Janeiro. light ou zero, pode parar! "O grande erro é consumir os produtos dietéticos em maior volume simplesmente porque não têm açúcar", alerta a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Centro Integrado de Terapia Nutricional (Citen), em São Paulo. É simples: quer emagrecer? Então, não exagere nem nos alimentos sem açúcar. Confira a seguir outras notícias sobre os adoçantes. Você vai descobrir que não é preciso cortá-los da dieta, basta aprender a usar do jeito certo. É só dar uma espiada nas gôndolas dos supermercados. "Atualmente, esses produtos correspondem a 5% dos alimentos industrializados", diz Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad). A lista é longa: vai de chá a cocada, passando por bolo, geléia, leite de soja e achocolatado. Conclusão: hoje, a gente pode comer quase tudo com adoçante. Como se fosse pouco, os edulcorantes - responsáveis pelo sabor doce dos adoçantes - ficam disponíveis em frascos ou sachês em qualquer balcão de café. E as pessoas não moderam na dose. Pode reparar: muita gente esguicha o líquido na xicrinha, quando três ou quatro gotas são suficientes para adoçar a bebida. Ok, é preciso muito mais para você ultrapassar a quantidade permitida. "O limite de consumo dos edulcorantes é determinado a partir de estudos com animais. A dose em humanos é de apenas 10% da quantidade que provoca qualquer toxicidade em animais", diz Gouvêa. Ou seja, a margem de segurança é grande. "Só que boa parte dessas substância é sintética (ou artificial), deixando resíduos tóxicos que vão sendo acumulados nos tecidos de gordura", afirma Patrícia Davidson Haiat, nutricionista funcional do Rio de Janeiro. A partir disso, queimar a gordura estocada fica mais difícil. O excesso de toxina também prejudica a glândula tireóide, o que pode resultar em metabolismo lento, apetite aumentado e descontrole no mecanismo da fome e saciedade. Contra-ataque: economize na dose, além de optar por alternativas mais naturais, como a estévia. Se você prefere ciclamato ou aspartame por uma questão de sabor, faça um revezamento entre os vários tipos existentes no mercado. Mas evite a sacarina para adoçar alimentos quentes. "Por ser instável a temperaturas acima de 30 °C, a sacarina libera metanol até quando adicionada a um cafezinho", alerta a nutricionista Daniela Hueb, de São Paulo. O que significa mais toxina no organismo. edulcorantes (sacarina, ciclamato e aspartame, por exemplo) para que cada um deles entre na formulação em doses mínimas. Dependendo da marca, você teria de beber de duas a 18 latinhas (ou mais) por dia para atingir o limite máximo dessas substâncias. Mas existem outros componentes que podem engordar. O gás carbônico - responsável pelas bolhinhas - contribui para expandir a cintura. Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu (SP), observaram esse efeito em ratos. Por isso, o consumo diário de refrigerante pode aumentar a área do estômago em até 50%. Aí pronto, você precisa de mais comida para que o cérebro receba a mensagem de que está satisfeita. Então, evite consumir refrigerante - com ou sem açúcar - como se fosse água. açúcar com moderação", diz a nutricionista Andréia Naves. Põe moderação nisso: o açúcar deve ser consumido em doses muito pequenas. Isso quer dizer sobremesa uma vez por semana, no máximo duas, e o mínimo de açúcar no suco e no cafezinho. O nutrólogo Wilson Rondó Jr., de São Paulo, concorda: "É preferível o mau e velho açúcar - usado sem excesso - a correr o risco de sofrer os efeitos ainda não inteiramente identificados dos adoçantes artificiais". O ideal seria a gente apreciar o sabor natural dos alimentos. Mas, como treinamos desde a infância nosso paladar para as comidas adocicadas, é difícil. De qualquer maneira vale tentar. Faça assim: antes de adoçar o suco ou o chá, prove antes. Você pode se surpreender com o doce da fruta ou o gostinho adocicado de algumas ervas. Só aí dá para você economizar um bom número de calorias ou moderar no adoçante. Treinar o paladar para o cafezinho sem açúcar é mais demorado. Não é na primeira nem na segunda vez que a gente se acostuma. Talvez na décima. Mas se passar por esse treino, você descobre o prazer da bebida sem açúcar e adoçante. |